domingo, 29 de julho de 2012

CANSEI!!!


Vejo com muita preocupação o rumo que a política nacional vem tomando nos últimos anos. Apesar da quantidade exagerada de partidos políticos, é possível notar que praticamente todos giram em torno do mesmo ideal: manter o poder a todo custo.
A ideologia política se perdeu dando lugar aos acordos escusos e duvidosos, cujos interesses apenas podemos supor. Mas o pior mesmo é presenciar adversários históricos tão contundentes apertando as mãos; no mínimo decepcionante – isso para não dizer algo pior.
O que há muito tempo tentei negar a mim mesmo, mas agora se tornou inevitável, é o sentimento de que vivemos um retrocesso em todos os aspectos da política e das atividades que dela dependem para se manter, como a saúde pública, educação e segurança.
No final do século passado houve uma grande reforma administrativa do Estado com boas perspectivas de mudanças. O Brasil passou a utilizar um modelo gerencial de gestão da coisa pública, focando a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – art. 37, CF –, que deveriam ser os pilares edificadores da gestão da coisa pública. No entanto, nós nos esquecemos de mudar algo essencial: as pessoas.
Esse modelo bem montado de gestão se mostra inócuo àqueles que ainda mantêm uma mentalidade patrimonialista sobre a coisa pública: acreditam que o público e o privado se misturam, acham-se donos de cargos, bairros, cidades etc. Obrigam-nos a engolir as suas vontades e não se preocupam com a vontade coletiva. Maquiam números, subornam fiscais, compram aliados e tudo continua igual aos olhos de milhões.
Olho para a minha cidade e noto, com tristeza, que ela se tornou um curral eleitoral, que voltamos ao tempo das oligarquias. O pior é notar que esse fenômeno se propaga por todo o país, mas não apenas nos municípios: inclui grandes regiões metropolitanas e também vários estados da federação.
A população fica em uma situação difícil, bem ao estilo “se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come”. Há grande quantidade e nenhuma qualidade nos candidatos, salvo raríssimas exceções, pois também não posso ser injusto com aqueles bons candidatos que eu posso contar nos dedos de uma só mão.
Há pouco tempo um promotor federal disse-me que em torno de 70% das leis feitas no país por nossos legisladores são inconstitucionais. Agora eu pergunto: se você faz 70% do seu trabalho errado, você continua empregado? Então por que você continuaria a votar nas mesmas pessoas? Por que você continuaria a eleger as mesmas famílias que dominam o cenário político há tanto tempo?
Agora eu faço apenas mais uma pergunta: você tem merda na cabeça?!
Como o meu voto é tão precioso e importante, não jogarei pérolas aos porcos e anularei tanto o voto para prefeito como para vereador. E farei isso porque a verdade é que ninguém o merece.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A VINGANÇA É TÃO DOCE...




O que eu vou relatar aconteceu há algum tempo, próximo da virada de ano de 2009 para 2010, e ficou marcado pela maneira como ocorreu e também porque eu me senti finalmente vingado!

Eu havia saído com o meu brother, o Carlos, e havíamos encontrado com uma turma de amigos dele para tomar uma cerveja. Para quem conhece Santos-SP, há muitos barzinhos na orla da praia, e esse ficava entre os canais 5 e 6, próximo ao prédio onde funciona a FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado).

Eu estava feliz usando meu nike novo com meias branquinhas, novas, macias e confortáveis. Estávamos a pé e já era tarde, portanto decidimos voltar andando pela avenida da praia até chegarmos a algum lugar onde tivéssemos maiores chances de pegar um ônibus.

Por alguma razão que eu desconheço a cerveja sempre promoveu certo incômodo ao meu sistema digestório, mas nada que me impedisse de degusta-la. Enfim, vamos ao que interessa: eu e o Carlos começamos a fazer o caminho de volta para São Vicente, a pé. E como de costume somos obrigados a ouvir as gracinhas do tipo: “Vão pra São Viselva? Cuidado com os índios!”. Não sei qual é o prazer que os Santistas têm em tirar onda com a nossa cara...

Durante a volta eu comecei a sentir alguns burburinhos intestinais que progressivamente foram aumentando, e aumentando, começando a criar gases, que se multiplicavam exponencialmente e começavam a aturdir as paredes da minha víscera a ponto de começar a causar cólicas. É a famosa dor de barriga. Dessa vez, no entanto, eu pude perceber que não eram apenas gases... Havia uma densidade diferente querendo sair e estava ficando difícil de segurar.

Depois de andar mais um pouco, alcançamos um ponto de ônibus próximo a Av. Conselheiro Nébias. Eu estava inquieto, suava frio, mas procurei me conter. O Carlos estava tranquilo como sempre e, depois de umas cervejas, estava novamente com vontade de urinar.

– Vou dar uma chegada ali na areia pra mijar, a essa hora não tem outro lugar pra ir – disse ele, logo atravessando a avenida e alcançando os jardins da orla de Santos para então desaparecer no breu.

Eu fiquei no ponto de ônibus e a coisa começou a ficar bem difícil. Parecia que um pequeno Alien habitava o meu interior e, acredite, ele sabia exatamente por onde queria sair.

Não havia muitas escolhas, eu estava há quilômetros de distância da minha casa e precisava tomar uma rápida decisão naquele momento. Eu já estava alcançando as raias da loucura quando vi o Carlos voltando na minha direção e pensei: “É agora que eu vou”.

– Então, Carlos. Eu vou lá mijar também porque deu uma apertada aqui – disse eu.
– Beleza, vai lá que eu espero.

Eu atravessei a avenida como um foguete e o mesmo eu fiz com o jardim da praia. Cheguei perto da areia e olhei em minha volta para identificar um lugar mais reservado para levar o meu intento adiante. Comecei a andar pela areia e me perguntava onde eu poderia fazer isso, mas não encontrava um local adequado... Foi então que eu vi aquele cantinho, como se fosse a visão de um oásis no meio do deserto: dois carrinhos de aço, desses que vendem pastéis e churros, um ao lado do outro deixando um vão entre ambos (o suficiente para caber a minha pessoa com conforto). Eu entrei entre ambos e então tive que fazer uma escolha: cagar olhando para o mar ou cagar olhando para os refletores da praia? O grande problema seria alguém ver a minha cara enquanto eu estivesse ali de cócoras, então resolvi deixar a bunda virada para os refletores. Tirei o cinto habilmente, abaixei a bermuda, usei os carrinhos como aparas e larguei o barro! Foi a sensação de alívio mais fantástica da minha vida. A barriga torcia, e o Alien saia. E a feliz coincidência ficou por conta do “doce de leite” que eu larguei na areia ao lado do carrinho de churros.

Depois de aliviado, eu notei que havia um problema: como eu iria me limpar? Bom... Sabe aquela par de meias brancas, novinhas, macias... Foram bem úteis! Não pensei duas vezes ao tirar o tênis e usá-las, e fiz tudo isso com a majestade de um malabarista.

Aliviado, limpo e feliz... Saí da areia e comecei a voltar, quando vi o Carlos chegando perto da praia e me procurando:

– Pô cara, você sumiu! Eu tava preocupado porque você não voltava mais – disse ele.
– Tô de boa, fica tranquilo. Já me sinto aliviado – disse eu com um visível sorriso no canto da boca que o Carlos não notou, ou então não entendeu naquele momento.

Continuamos andando até pegarmos um ônibus, e então eu tive que contar ao Carlos o que aconteceu, e ainda tirei a foto aí de cima da decoração da praia como lembrança desse dia.

O fato é que eu demorei algum tempo para contar essa história, mas essa foi a minha vingança por tantas vezes ouvir dos Santistas que a minha cidade só tem índios, é uma selva e nada aqui presta. Tudo bem, temos problemas, mas não precisam pegar tão pesado.

Hoje, o que eu tenho a dizer ao povo santista é: CHUUUUUUUUPAAAA!!! EU CAGUEI NA SUA PRAIA, BANDO DE METIDOS!!!

Ah! A vingança é tão doce...

domingo, 15 de julho de 2012

LAMENTÁVEL...

"Dia da Coincidência" seguido do "Dia Internacional do Rock" e agora "Dia do Homem"... Quero saber quando se comemora o "Dia de ficar bêbado dentro de uma boate de strippers".