sábado, 24 de setembro de 2011

VERDADES DA VIDA - 02

Já me disseram que sortudo foi o Adão que não tinha sogra... Fala sério! E aquela serpente venenosa no paraíso era o quê? Coelhinho da Páscoa? Era a sogra peçonhenta do Adão. Coitado do Adão, foi o primeiro a tomar no cu.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O ARMÁRIO DE CASA

Era um homem já de muita idade, por volta dos 75 anos, aposentado e pai de 15 filhos, mantinha as despesas da casa com sua mirrada aposentadoria e a ajuda do primogênito. "Seu" Francisco, como era chamado, estava no sexto casamento e seu caçula estava por completar 17 anos.
Quem olhasse aquele senhor dentro da delegacia, notaria a sua aflição. Tendo estudado apenas até a segunda série e vivido o tempo inteiro em uma pequena e pacata cidade no interior de São Paulo, "seu" Francisco era uma pessoa tranqüila. Ele não entendia essas modernidades e essas coisas meio descabidas que as pessoas faziam nos tempos atuais.
O homem olhava para o relógio e balbuciava uma oração em voz baixa. O delegado passou do seu lado, deu um tapinha em seu ombro ("seu" Francisco era um amigo de família), e disse com voz mansa:
– Calma, "seu" Francisco, o meu pessoal já está atrás do seu filho caçula. Nós vamos encontrá-lo.
O homem sentou o seu corpo cansado em um banco de madeira. As suas mãos se entrelaçavam nervosamente e seu pensamento ia longe, até onde estaria o seu querido filho. De repente, uma gritaria. “Seu” Francisco se levantou e foi até a porta da delegacia ver de onde vinha tanto barulho. Olhou para fora e viu um policial trazendo o seu filho pelo braço. O garoto trajava um vestido longo cheio de babados, usava um salto plataforma, uma peruca chamativa e uma maquiagem berrante. O velho “seu” Francisco arregalou os olhos para aquela imagem, totalmente atônito.
– “Seu” Francisco, eu encontrei o seu filho indo para a capital dentro de um ônibus cheio de bichonas – disse o policial.
O homem, ainda boquiaberto, olhou para o filho e perguntou:
– Porrrr que ocê ta fazendo isso c’o seu véio pai?
– Ah, pai! Eu resolvi sair do armário – disse o rapaz aos gritos.
E em toda a sua “inocência” o homem respondeu ao filho:
– Mas que verrrrrgonha, meu fio! O que esses home daqui vão pensarrrr? Vão pensarrrr que nós semo miseráverrr. Se o pobrema era o armário de casa, era só pedirrrr que eu trocava procê.