sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AVESTRUZ


Da série "Os Animais que nos ensinam"


Na selvagem savana africana, os animais lutam todos os dias por suas vidas. Alguns são caçadores, como o implacável leão; outros são a caça, como a ágil zebra. Todos eles têm algo em comum: resistem com coragem e bravura para defender suas integridades e de suas proles. Um animal, no entanto, faz uso de uma tática não muito honrosa e um bocado covarde na tentativa de se defender.

O avestruz, grande ave da savana africana, não consegue voar. Ele tem grandes pernas e corre com uma velocidade impressionante. Por outro lado, Plumoso era um avestruz covarde que acreditava na tática da camuflagem para fugir dos predadores (como se fosse possível esconder um traseiro de dois metros de altura atrás de arbustos).

Naquela região vivia uma hiena solitária que foi expulsa do seu bando por ser louca demais. O seu nome era Risadinha e tinha a fama de ser um animal extremamente tarado com tendências pansexuais – qualquer buraquinho era motivo para dar uma carcada. Levava longos minutos satisfazendo-se e urrando; depois cagava e comia a própria merda entre risos de puro êxtase. Era um animal realmente repugnante.

Disputando o mesmo espaço de caça, estava um poderoso leão de nome Akula. Imponente, magnífico, uma máquina de matar! Era imperdoável com aqueles que disputavam espaço com ele, matando-os e devorando-os. Akula conhecia bem a fama de Risadinha e, mesmo sendo impiedoso e temível, procurava manter a retaguarda sob muitos cuidados a fim de evitar certas investidas indesejáveis.

Alguns rebanhos de zebras e guinus haviam chegado àquela área no dia anterior e os caçadores começavam a espreitar as suas presas. Enquanto o leão e um grupo de hienas escolhiam as suas vítimas e empreendiam ataques ferozes, Risadinha agarrava-se a um tronco de árvore onde havia um pequeno buraco ocupado por pequenas aves. Ele sodomizava a árvore e os filhotes dentro do ninho o bicavam (vocês sabem onde) insistentemente. Convencido de que ter o membro perfurado não seria boa idéia, Risadinha largou o buraco da árvore deveras contrariado.

Em outro canto da savana, Plumoso tremia – era uma das poucas coisas que sabia fazer com eficiência – e tentava ficar alerta para os perigos locais enquanto procurava por porcarias para comer.

Um pequeno suricato, de nome Rudolf, notou a presença da grande ave e começou a conversar na tentativa de fazer amizade:

– Olá grande animal pescoçudo do traseiro grande! – disse o pequeno e efusivo suricato. O avestruz olhou com desdém e continuou a fuçar a terra.
– Meu nome é Rudolf e vivo aqui nesta toca com a minha família.
– Há um buraco de entrada para a sua toca? – perguntou um agora interessado avestruz.
– Sim, é claro! Do contrário, como chegaríamos até a superfície?
– Interessante, muito interessante! – observou a ave plumosa – Mas só mesmo vocês suricatos precisam de tal recurso. Eu sou uma ave imponente, forte e veloz. Não há nada que me faça temer.
– Mas nós, suricatos, somos pequenos mamíferos. A nossa força está na união e na vigilância constante. Não me envergonho ao dizer que corremos para a segurança de nossas tocas diante de um grande perigo.
– Animais inferiores! O perigo me teme – disse o avestruz com desdém.

Neste exato momento um suricato deu um alerta e vários animais correram para a toca, ao que Rudolf disse:

– Se o senhor é assim tão poderoso. não se incomodará de ficar aí enquanto nos escondemos. O leão vem aí, vemos-nos mais tarde! – e partiu o suricato em disparada para o buraco da toca.

Plumoso ficou atônito, tremia convulsivamente e batia os bicos numa inútil tentativa de balbuciar alguma coisa. Olhava para todos os lados à procura do implacável felino, mas sem qualquer sucesso. Como a manada de zebras começou a correr de maneira desorganizada, a grande ave pressentiu que o perigo estava muito próximo. Quis correr, mas sua imensa covardia a fez pensar em uma única saída: esconder-se. Como não havia muitos lugares para ir, a ave instintivamente enfiou a cabeça no primeiro buraco à vista que, por sinal, era a entrada da toca do suricato Rudolf.

– O que você está fazendo com a cabeça na minha toca? – perguntou o surpreso suricato.
– Sabe o que é? Eu imaginei que se sua família inteira se esconde aqui, haveria lugar para mais um... – disse Plumoso um tanto sem jeito.
– Eu achei que você não temesse nada – retrucou Rudolf ironicamente.
– Errr... errr... Eu não temo, apenas estou treinando camuflagem – respondeu o orgulhoso e irredutível avestruz.

Do lado de fora, enquanto o poderoso leão abatia uma zebra jovem, Risadinha procurava um buraco qualquer para satisfazer os seus instintos sexuais e – ao longe – percebeu a presença de um grande traseiro cheio de plumas. Seus olhos se arregalaram e ele disparou freneticamente na direção do avestruz; em um único salto, agarrou-se ao grande traseiro e iniciou o seu intento enquanto urrava como um louco.

Dentro do buraco, o avestruz gritava desesperadamente assustando todos os suricatos presentes. Estes, por sua vez, acreditavam que o leão o estava comendo vivo já que os gritos eram de uma profunda agonia.

– Socoooooooooorroooooooooo!!! Estão me mataaaaaaando! – gritava o avestruz.
– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Ele está sendo comido vivo! – gritavam os suricatos.

Depois de feito o serviço e tendo seguido o ritual de cagar, comer e rir, a hiena tomou o seu rumo e deixou no local um avestruz desfalecido que mal conseguia tirar a cabeça da entrada da toca de Rudolf.

Dias depois, tendo feito amizade com o avestruz, Rudolf perguntou:

– Eu ainda não entendi o que aconteceu a você naquele dia. Todos nós pensávamos que você havia sido comido vivo, mas no final você estava inteiro e com apenas uns estranhos arranhões nas costas e no traseiro. O que foi que aconteceu?
– Ah! Não sei dizer porque eu estava com a cabeça num buraco... – ao que se seguiu uma pausa constrangedora.
– Mas não deixa de ser estranho – disse o suricato.

E sem querer admitir o ocorrido, mas mostrando no olhar uma ponta de tristeza, Plumoso disse:

– Coisas estranhas acontecem o tempo todo e, quando menos se espera, a gente toma no cu...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Carros oficiais ocupam vagas de deficientes no estacionamento do Planalto

O exemplo negativo de autoridades federais às leis ocorre muito próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros. O fotógrafo da Folha Alan Marques flagrou nesta quarta-feira dois carros oficiais parados em duas vagas destinadas às pessoas com deficiência, no estacionamento principal do Palácio do Planalto.
Os veículos de placas JIC 1255 e JHX 9587, de Brasília, prestam serviço para o Instituto Chico Mendes.
Nem as placas informativas --indicando que aquelas vagas são especiais-- e a reprodução da mesma ordem com a imagem de um cadeirante no asfalto inibiram a ação dos responsáveis pelos automóveis estacionados nos locais proibidos.
Os automóveis ficaram estacionados nas vagas durante toda a manhã de hoje à espera de seus ocupantes. Como os automóveis estão a serviço do governo, não dispõem de placas informativas sobre a quem pertencem. Apenas autoridades federais fazem uso deste tipo veículo.
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Fico pensando no que Chico Mendes falaria se visse seu nome associado, mesmo que de forma indireta, a este retrato de total desrespeito pelos direitos humanos...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

INJUSTIÇA DIVINA

"Banhistas lotam praia em Mar del Plata, na Argentina; temperaturas no país chegaram aos 36ºC". Fonte: UOL


Vendo tantos argentinos juntos, nessas horas eu me pergunto: cadê o tsunami???

sábado, 24 de janeiro de 2009

Gato recebe por sete meses benefício do Bolsa Família

Billy, um gato com 4 anos de idade, foi cadastrado no Bolsa-Família como Billy da Silva Rosa, e recebeu durante sete meses o benefício do governo, R$ 20 por mês. A descoberta ocorreu quando o agente de saúde Almiro dos Reis Pereira foi até a casa do bichano convocá-lo para a pesagem no posto de saúde, conforme exige o programa no caso de crianças: "Mas o Billy é meu gato", disse a dona da casa ao agente.
Ela não sabia que o marido, Eurico Siqueira da Rosa, coordenador do programa no município de Antônio João (MS), recebia o benefício do gato e de mais dois filhos que o casal não tem. Os filhos fantasmas faziam jus a R$ 62 cada, desde o início de 2008, quando Eurico assumiu o cargo.
O golpe foi identificado em setembro e o benefício foi suspenso. Eurico ainda tentou retirar Billy do cadastro e pôr o sobrinho Brendo Flores da Silva no lugar. Mas já era tarde. No início desta semana o "pai" do gato Billy acabou exonerado a bem do serviço público e está sendo denunciado à Justiça. O promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro disse que o servidor terá de devolver o que recebeu ilegalmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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É por essas e outras que o combate a miséria é uma tarefa tão dificil em nosso país... todos querem levar sua parte e tirar de alguma forma proveito da situação. Lamentável.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vontade de galinha


O filho da vizinha da prima da minha mãe nasceu com uma mancha no pescoço porque sua mãe estava com vontade de tomar vinho durante a gestação. Um conhecido do genro do meu tio falou que nasceu com uma mancha verde porque sua mãe estava com vontade de comer maçã verde. E se você olhar direito, até que tem cara de maçã mesmo. Histórias assim não são raridades no mundo humano. Mas e no mundo animal? Hoje vi uma reportagem de uma galinha que botou um ovo com forma de batata. Por isso que eu digo, não se pode contrariar os desejos das nossas grávidas, mesmo sendo ela uma galinha, viu seu galo?!

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL967732-6091,00-GALINHA+COLOCA+OVO+EM+FORMA+DE+BATATA+NA+CROACIA.html

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009